segunda-feira, 20 de maio de 2019

Marcha das Margaridas – a história da mulher agricultora


A Marcha das Margaridas é um movimento pelo direito das mulheres agricultoras que acontece desde o ano 2000, em Brasília. A Marcha leva este nome em homenagem à agricultora Margarida Alves. É organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag) em conjunto com entidades parceiras e foi o maior movimento nacional de mulheres já realizado na história do país.

Nesta edição, ouvimos o relato de Ortenila Rocha da Rosa (foto) sobre seu engajamento com a Marcha das Margaridas, que reflete também em diversas ações ao longo do ano.  Ortenila tem 65 anos e nasceu em Rincão dos Rocha, interior de Santa Rosa. 



Aluna-repórter Luiza: Há quanto tempo a senhora participa da Marcha das Margaridas?
Ortenila: Faz uns 15 anos mais ou menos. Já fui três vezes. 

Aluna-repórter Luiza: Como foi?
Ortenila: A marcha era muito complicada para as pessoas, quando nós estávamos marchando, já há uns quatro quilômetros caminhando, nós perdemos duas companheiras, mas não eram aqui de Santa Rosa. Uma era do Paraná, a outra eu não sei de onde era. Elas tiveram um infarto, as coitadas caíram mortas no chão. Uma ainda estava falando, mas chegou a ambulância e ela morreu. Mas nós sofremos muito, porque nós não queremos ver acontecer de novo o que aconteceu com a Margarida Alves. 

Aluna-repórter Luiza: Ela foi assassinada, certo?
Ortenila: Sim, ela foi assassinada. Fecharam ela dentro de uma casa e colocaram fogo. Isso foi muito triste e a gente queria que isso não acontecesse de novo. Estão fazendo muita coisa errada para as mulheres, como a gente tá vendo na televisão, tá continuando a injustiça. Ninguém toma uma providência e isso tá doendo muito no coração da gente vê essas coisas que estão acontecendo contra as mulheres. 

Aluna-repórter Luiza: A senhora ou o seu marido chegaram a conhecer a Margarida Alves?
Ortenila: Não, a gente não conheceu ela, só vimos por foto e na televisão.

Aluna-repórter Luiza: Qual o objetivo da Marcha?
Ortenila: Foi começada a marcha pra nós vencermos a nossa luta da agricultura, que nós não tínhamos direito, minha mãe principalmente, ela não tinha direito na aposentadoria da agricultura, ela teve que trabalhar até o fim da vida para poder sobreviver e era muito difícil porque ela tinha 14 filhos. Aí, como aconteceu aquilo com a Margarida Alves, o nosso Sindicato dos Trabalhadores Rurais criou essa Marcha das Margaridas, pra nós conquistarmos nossos direitos. E tão querendo tirar os nossos direitos porque já mexeram no nosso salário e tão querendo mexer de novo, isso é muito doído pra nós, eu que sou doente, tenho platina na coluna não tenho mais como trabalhar. 

Aluna-repórter Luiza: Qual é a sensação de estar lá?
Ortenila: A sensação de estar lá é muito boa, porque a gente conhece pessoas diferentes, a gente conversa, a gente faz planos, mas a gente também vê coisas que Deus defenda. Às vezes são sensações boas, mas às vezes são sensações muito ruins, porque vem aquela dor no peito de ver aqueles pobres próximos deitados no chão, passando necessidade, isso não deveria ter no nosso mundo. 

Aluna-repórter Luiza: Como funciona a Marcha?
Ortenila: O Sindicato nos dá muito apoio nisso, eles dão o ônibus, dão a comida pra nós. A única coisa que a gente paga lá é o hotel, mas conforme tá o sindicato de recursos eles nos dão o hotel também. Mas lá a gente tem que comer pouco pra não gastar muito dinheiro porque vai dinheiro lá (risadas).

A Marcha das Margaridas é um movimento muito importante para mostrar a força das mulheres agricultoras e para conquistar o seu lugar de direito na sociedade.


Reportagem e fotos: Aluna-repórter Luiza Ribeiro da Rosa

Aedes Aegypti


A atenção ao mosquito que transmite dengue, febre chikungunya e Zika Vírus deve ser voltada ao meio urbano e rural



Por alunas-repórteres Paola Kissler Knaesel e Keren Dayana de Oliveira da Silva


A transmissão de doenças como a dengue, febre chikungunya e Zika Vírus se dá pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Quando esse mosquito pica uma pessoa contaminada com o vírus da dengue, por exemplo, irá transmiti-lo durante toda sua vida para pessoas que irá picar depois.
A transmissão da dengue raramente ocorre em temperatura abaixo de 16ºC, sendo que a temperatura mais favorável gira em torno de 30° a 32°C. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve.
Alguns sintomas da dengue são febre alta com início súbito, repentinamente se está com febre entre 39° a 40°C; forte dor  de cabeça; dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; manchas e erupções na pele, pelo corpo todo, normalmente com coceiras; extremo cansaço; moleza e dor no corpo; muitas dores nos ossos e articulações; náuseas e vômitos. Assim como se pode apresentar todos os sintomas, também pode ocorrer que apareçam apenas alguns.
Diante disso valem algumas dicas para prevenir a dengue: evitar o acúmulo de água em pneus; manter as garrafas de cabeça para baixo; colocar areia nos vasos de plantas, pois quando regadas a água  se acumula nas bandejas; esteja sempre consciente de que seu lixo está no lugar; manter os ralos fechados e desinfetados; limpar as  calhas retirando as folhas para que não acumulem a água e manter piscinas  e aquários limpos e tratados. 

Aedes Aegypti


O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo:
1 - A fêmea do mosquito deposita seus ovos.
2 - As larvas vivem na água por cerca de uma semana.
3 - Após este período transforma-se em mosquitos adultos prontos para  picar as pessoas.
4 - O Aedes Aegypti  procria  em  velocidade prodigiosa  e o mosquito da dengue vive em média  45 dias.
5- Uma vez que o indivíduo é picado a doença se manifesta, sendo mais comum durante o período de cinco a seis dias.


sexta-feira, 10 de maio de 2019

E a chuva continua...



O Rio Sete Voltas, na Linha Cascata, também foi impactado com a chuva já nas primeiras horas desta sexta-feira (10/05).

Confira no vídeo do aluno-repórter Adelar Júnior

Chuva abundante!

 
 
 
 
A chuva é constante nesta sexta-feira (10/05) em Santa Rosa.

A aluna-repórter Paola Kissler Knaesel registrou o transbordamento do Rio Anta, chegando à estrada na Vila Sete de Setembro, próximo à propriedade de Rudi Weiss.