Nossa forma de homenagear o
Dia do Agricultor e da Agricultora, celebrado em 28 de julho, é conhecendo e
valorizando sua importância, através de suas histórias. Muitos deles construíram
a identidade e o desenvolvimento de Santa Rosa e região. Confira na reportagem produzida
pelo aluno-repórter Tiago Diel:
O agricultor Egon Friske, de
68 anos, nasceu na linha Federação, interior de Santa Rosa, filho de Reinhold e
Guilhermina Friske. Ele lembra que aqueles tempos eram muito difíceis porque havia
poucos recursos disponíveis naquela época , não tinha nada de graça tais como
médicos ou remédios. Também não havia
subsídio algum porque não havia venda de leite e nem de soja.
O Seu Egon lembra quando
chegaram as primeiras sementes de soja nos anos 60, na comunidade, porque
plantava-se só milho e mandioca e criava-se porcos, que eram vendidos uma vez
por ano para comprar roupas para o fim do ano. Esse dinheiro era usado para comprar
adubo, sal, querosene e outras pequenas coisas. O restante dos mantimentos
tinha que ser produzido em casa como feijão, erva-mate, farinha de trigo e
milho. Arroz também se plantava e mandava descascar para ser cozido em casa.
Egon lembra-se da infância, dos
tempos de escola, pois já na volta pensava o que tinha que fazer em casa, pois
sabia que sua mãe carpia na roça nova e catava cogumelos, que eram fritados com
ovos, eram tempos muitos difíceis. Ele nos conta que era agricultor desde que
podia trabalhar, aos sete anos de idade. Escolheu a profissão de agricultor,
pois já estava na vocação da família.
Por outro lado, as opções de trabalho eram poucas, pois não havia
recursos e a escolaridade era só ate o 5º ano.
O serviço era todo manual,
lavrar com bois e cavalos, plantar com a máquina pequena. Mais tarde, nos anos
70, alguns agricultores já compraram um trator, uma trilhadeira porque nem todos
podiam ter essas ferramentas. O agricultor percebe que hoje a vida do
agricultor é facilitada pelas tecnologias, máquinas sofisticadas, até computadorizadas,
se tem muito menos penosidade do trabalho. “Os tempos de hoje não tem nem
comparação com o que era”, afirma.
O agricultor Egon Friske até
hoje trabalha na lavoura, embora om algumas dificuldades de saúde, mas se
congratula com os outros amigos agricultores da mesma idade ou mais que ainda
vivem na agricultura acreditando nela. Ele atualmente mora na linha Sete de
Setembro Sul e deixa um grande abraço para todos os agricultores do mundo.
Em nome do Egon, estendemos
a todos os demais nosso reconhecimento: Parabéns agricultor pelo seu dia!
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