
No dia a dia
em uma propriedade leiteira podem ocorrer varias doenças através do manejo e
também pelo ambiente, que podem afetar a qualidade do leite.
Assim a
mastite é uma delas. Mas o que é Mastite?
Mastite é
uma inflamação da glândula mamaria, podendo apresentar alteração no leite e no
ubre, ou não.
Contudo
muitos se perguntam por que não se pode misturar o leite, qual apresenta a
mastite, no leite normal. Segundo a Veterinária Daniele Maria Hartmann de 28
anos: “Pois o leite apresenta uma alteração em seu aspecto e não é um leite
puro para ser consumido.” Além disso, aumenta o CCS (concentração de células
somáticas presentes no ubre da vaca) desvalorizando o preço do leite, pois o
CCS quanto maior, menor será a qualidade do leite neste setor.
Assim a
mastite não tem um período exato para ocorrer. Ela pode aparecer em qualquer
estação do ano, contudo no verão acontecem as mastites mais violentas pelo fato
das bactérias causadoras da doença reproduzirem-se mais rapidamente por causa
do calor.
Mas
geralmente ela aparece pós-parto, pois o animal tem a imunidade desequilibrada
e apresenta grande produtividade de leite.
Desta forma
a doença apresenta os seguintes sintomas: causa descamação do ubre (saindo
pedaços no leite), pode provocar inchaço no ubre, dor, alteração do aspecto
normal do leite (fisiológico) e em alguns casos mais graves falta de apetite e
febre.
Mas como o
animal adquiriu a doença? E o que posso fazer para evitá-la?
Primeiramente
o animal pode adquiri-la através do ambiente, pelo manejo inadequado na ordenha
e via contagiosa, passando de um animal para o outro.
E para
preveni-la é preciso um bom manejo na hora da ordenha, usando o pré e pós-dipe,
antes de colocar a teteira no animal tirar três jatos de leite de cada teto em
uma caneca de fundo preto de preferência, as instalações e equipamentos
higienizados, ter um horário definido para a ordenha e manter as vacas sadias.
E caso mesmo
tendo feito a prevenção e ter a suspeita de haver mastite, ela pode ser
confirmada com a caneca de fundo preto, quando esta for clínica, apresentando
algumas borras na rede e por meio do teste da raquete, quais é possível
detectar a mastite subsclínica que não é visível na caneca.
Se assim for
confirmada a existência da doença deve-se tratá-la com antibióticos e
anti-inflamatórios específicos para a mastite presente. Contudo não for tratada a
tempo pode levar à morte ou à perda de um teto ou uma parte do ubre. Obs: em
vacas que irão secas é sugerido colocar bisnagas para a mastite neste período
para prevenir a doença e deve-se prestar a atenção no período de carência do
antibiótico no leite, pois não e permitido a presença de antibióticos no leite
à venda. Assim a mastite também traz prejuízos financeiros.
Por:
Carolina H. Schleger e Janaíne Bergmann